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Saiba quais são os riscos de estocar álcool líquido 70%

O álcool líquido 70% se popularizou durante a pandemia da Covid-19 por sua eficácia no combate ao coronavírus, principalmente por suas propriedades microbicidas, essenciais para eliminar os germes que contribuem para causar infecções.


Entretanto, sua composição também abre possibilidades para uma série de riscos. Neste artigo, confira quais são os principais riscos do álcool líquido 70% e como usar o BurnFree em casos de acidentes com queimaduras.


Principais riscos do álcool líquido 70%


Por ser altamente inflamável, o álcool líquido 70% pode causar explosões e incêndios após contato com chamas, superfícies aquecidas ou fagulhas, podendo causar queimaduras muito graves.


Logo, estocar o produto em grande quantidade aumenta consideravelmente o risco de alto impacto explosivo ou de incêndio de grandes proporções. Além disso, a exposição prolongada ao álcool 70% também pode causar intoxicação e, consequentemente, danos ao sistema nervoso central.


Outros riscos incluem:


  • A intoxicação pode causar sonolência e diminuir a capacidade de reação da pessoa intoxicada;

  • Pode haver desidratação e/ou ressecamento da pele, incluindo as dermatites de contato;

  • Se atingir os olhos ou as mucosas, o álcool líquido 70% pode causar irritações severas.


Cuidados no uso do álcool 70%


Considerando o alto potencial de riscos à saúde, é preciso tomar uma série de cuidados ao armazenar ou utilizar o álcool líquido 70%. São eles:


  • Evite armazenar ou manipular o álcool próximo a cigarros, charutos, fósforos acesos, churrasqueiras, fogueiras, fogão ou isqueiros;

  • O produto deve ser armazenado em local arejado e longe do alcance de crianças;

  • Utilize álcool apenas se não tiver água e sabão disponíveis;

  • Não jogue álcool líquido diretamente sobre o fogo, pois, agindo assim, você gera um alto risco de explosão.


O que passar na queimadura 

Se, mesmo com esses cuidados, acontecer um acidente envolvendo chamas ou explosões, ocasionadas pelo contato do álcool com uma fonte de calor, a primeira atitude que você deve tomar é se afastar imediatamente do local. 


Caso existam focos de incêndio, chame o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.


Queimaduras de 2º grau


Ao prestar os primeiros socorros à vítima de queimadura, observe qual a gravidade das lesões. No caso das queimaduras de 2º grau, geralmente há a presença de bolhas e a pessoa apresenta dor acentuada. Procure acalmá-la e aplique o gel BurnFree sobre a pele queimada, sem esfregar. 


O BurnFree vai aliviar a dor e a ardência na pele, e isso vai ajudar a acalmar a pessoa queimada. Leve-a para atendimento médico especializado para que o profissional de saúde faça uma avaliação clínica detalhada.


Se você não tiver o gel BurnFree no seu kit de primeiros socorros, coloque a área da pele queimada debaixo de água corrente fria por pelo menos 15 minutos. Então encaminhe a vítima para atendimento médico.


Jamais fure as bolhas na pele e evite passar qualquer tipo de produto ineficaz para queimaduras, tais como gelo, pasta de dente, café, manteiga ou pomadas. Estes produtos podem apenas disfarçar os sintomas e até causar infecções.


Queimaduras de 3º grau


No caso de queimaduras de 3º grau, que são muito graves e podem atingir músculos e ossos, a vítima costuma apresentar pele esbranquiçada ou carbonizada, com ausência de dor, já que as terminações nervosas são afetadas.


Aplique imediatamente o gel BurnFree na pele queimada, sem esfregar, e encaminhe a pessoa para atendimento médico de emergência (ou chame o serviço de atendimento móvel de urgência pelo telefone 192). 


Se não tiver o gel BurnFree disponível, resfrie a pele queimada com água corrente fria. Evite tocar no local da queimadura ou aplicar qualquer tipo de produto como pasta de dente, gelo, café, manteiga ou pomadas.


Alternativas para higienização mais seguras que o álcool 

Para evitar os riscos associados ao armazenamento e o uso do álcool líquido 70%, conheça as formas alternativas e mais seguras para fazer a higienização das mãos ou de superfícies do ambiente.


Água e sabão


A primeira opção para a higienização e a prevenção de vírus, bactérias e doenças infecciosas sempre será utilizar a combinação de água e sabão. Isso porque, por sua composição de gordura, água e álcalis, uma única gota de sabão na água pode matar inúmeros vírus e bactérias.


Para a limpeza dos móveis de casa ou do ambiente de trabalho, você pode utilizar sabão e desinfetante. Opte pelo álcool em gel apenas se não tiver água e sabão disponíveis (ou para limpar a superfície de aparelhos eletrônicos).


Pessoa lavando as mãos com água e sabão.

Água sanitária + água


A combinação de água sanitária diluída em água potável também é eficaz para higienizar e desinfetar superfícies no ambiente de casa ou do trabalho. O indicado é comprar água sanitária com concentração de cloro ativo entre 2% e 2,5%.


Num recipiente de 1 litro, coloque mais da metade de água potável. Adicione 25 mL de água sanitária (equivalente a meio copinho de café) e complete o volume de água até 1 litro. Esta solução estará a uma concentração de 0,05%.


Após agitar a mistura, rotule o recipiente e armazene-o num armário fechado, mantendo-o longe do alcance de crianças e animais.


Álcool em gel


O uso do álcool em gel 70% é eficiente para eliminar germes e bactérias das mãos, mas, ainda assim, procure utilizá-lo apenas como última alternativa caso não haja água e sabão disponíveis.


No entanto, é importante lembrar que o álcool em gel pode, sim, pegar fogo (e muitas vezes pode gerar a chamada chama invisível). Além disso, ao passarmos o produto nas mãos, ele permanece mais tempo na pele. Por esse motivo, evite manipular isqueiros ou cozinhar logo após aplicar o produto na pele.


A Anvisa também reforça que no mercado há alternativas ao uso do álcool líquido 70%, que oferecem menos riscos para acidentes domésticos, a exemplo dos lenços umedecidos, do álcool etílico em concentração inferior a 54º GL e dos produtos saneantes que contém tensoativos e são destinados à limpeza.


Proibição da venda do álcool líquido 70% no Brasil


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de álcool líquido 70% a partir de 30 de abril de 2024. O motivo é o alto risco de acidentes que o produto oferece, seja por ingestão ou por queimaduras, principalmente por conta do seu potencial inflamável.


A venda era proibida desde 2002, mas foi liberada em 2020 durante a pandemia da Covid-19, considerando a eficácia do produto nas rotinas de higienização e combate à proliferação do coronavírus.


Porém, com o anúncio da proibição, o que se viu foi uma verdadeira corrida aos mercados e farmácias para se fazer estoque do produto antes da suspensão das vendas. O problema é que estocar em casa uma grande quantidade de álcool líquido 70% oferece uma série de riscos à saúde e à segurança, justificando a proibição da venda no Brasil.

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